Amar é um verbo olímpico

Num pódio de rosas, erguido no cimo do que te amo, sei o que sente o vencedor a cada vez que, dentro dos teus olhos, entoas o meu nome. Ganhei. Tragam a coroa de louros, abram o champanhe, toquem o hino. Está ganho. Audácia suprema, descer aos teus pés para conhecer as nuvens, a meio caminho da lua.

Chamaram-me louco por querer cada milímetro teu. Disseram-me que eras feita de amar denso, bravio, indomável. Disseram-me que, de tudo o que existe para conquistar, tu eras a mais impossível. Disse-lhes que o mais impossível de tudo era viver sem a tua mão na minha. Disse-lhes que a única impossibilidade é a felicidade ser possível longe de ti. E, como um adolescente que ambiciona o topo, saltei mais alto que o impossível para cair nos teus braços e encontrar-te depois da pele.

Se há vida, é em ti que acontece, que se expande, que se estende para lá da meta. Não há final para o que te quero, para o que te amo. O amor é uma maratona que se faz para lá das coisas terrenas, no infinito, onde te reconheço a bater-me nos pulsos. Se há glória é saber que existes e que amar-te é o triunfo maior. Sinto-te e sei a que sabe o céu. Sabes às estrelas, sabes a universo, sabes à criação do mundo, do meu mundo.

Amar é um verbo olímpico, longo e longe, que se fez perto quando me fiz enorme, contigo no corpo. Foi nos teus lábios que soube, por fim, a que sabe vencer. E sei que perder-te não será nunca uma derrota, porque amar-te será sempre uma vitória. A única vitória.

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